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31/03/2013 - 17:09:01

PANORAMICA

ADPF contesta afirmação de Gurgel sobre mensalão

Procurador-geral da República teria dito que sem a atuação do Ministério Público investigações teriam terminado em ?pizza?

  • Revista Prisma
  • Da Redação

   

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) criticou a manifestação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel (foto), de que sem o trabalho de investigação do Ministério Público o escândalo do mensalão não teria sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
 “A manifestação é no mínimo desrespeitosa com os policiais federais, ministros do STF, parlamentares da CPMI dos Correios, jornalistas e com a opinião pública, pois ignora a contribuição de cada um para o desfecho da Ação Penal 470”, diz a ADPF, em nota.
Segundo os delegados da PF, “não se conhece trabalho do MP sem uma prévia e robusta investigação policial”. “No caso específico das investigações que culminaram com a Ação Penal 470, do mensalão, o que houve foi uma atuação colaborativa, com cada instituição cumprindo com o seu papel, como deve ser feito, em prol da apuração da verdade dos fatos”, continua a ADPF.
 Para a entidade, o MP não pode ser visto como “uma instituição acima do bem e do mal, acima de qualquer falha e erro”. “Instituições são feitas de pessoas e os seres humanos são falhos. Até parece que diante de tanta `independência` o comando do Ministério Público ou a designação para vagas nos tribunais não são indicações dos chefes do Poder Executivo.”
A ADPF lembrou ainda que “o Ministério Público tão preocupado em apontar as falhas das outras instituições ainda não mostrou à sociedade sua capacidade de cortar na própria carne na correção e punição transparente dos desvios de condutas de seus próprios membros”. Ao contrário, na Polícia Federal, de acordo com a entidade, “se demite e não se aposenta aqueles que traem seu juramento institucional de servir bem a sociedade”.
Em campanha pela aprovação da PEC-37, motivo dos comentários do procurador-geral, os delegados federais afirmam não defender a exclusividade da investigação pela Polícia Judiciária, mas um trabalho colaborativo, com o cidadão brasileiro investigado sem casuísmo, na forma e nos termos da lei.
“O Ministério Público não pode sozinho e paralelamente disciplinar quando, quem e como investigar crimes no Brasil. A investigação criminal não pode ter dono!”, finaliza a nota da ADPF.


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