Após denúncia publicada pelo Portal D24AM, no mês passado, o titular da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos, da Polícia Federal (PF), Carlos André Gastão, informou que encaminhará, ainda nesta semana, à PF de Belo Horizonte, as informações levantadas sobre a comercialização de cédulas de real, em grupo fechado, no Facebook. O caso, de acordo com o delegado, será transferido porque o envolvido é natural de Minas Gerais.
“A denúncia foi confirmada. Ele vende as notas falsas e também está envolvido em outras coisas que ainda estamos investigando, mas uma delas está relacionada a compra e venda de veículos com documento falso”, afirmou.
Gastão informou ainda que o envolvido não está mais em Belo Horizonte, conforme investigação da PF. Na quarta-feira passada, segundo Facebook, Geraldo esteve em Brasília.
A venda de notas falsas, praticada por Geraldo S Silva, um suposto funcionário da empresa Boletos Bancários, que, na época, utilizava a imagem do Banco Central no perfil, foi denunciada pelo Portal D24AM, em junho deste ano.
No anúncio, Silva, além de expor a imagem de mais de 27 cédulas de R$ 50 sobre uma bancada para atestar a veracidade da oferta e prometer a entrega da encomenda via Sedex, aos ‘interessados’, garantia a perfeição das cédulas aos internautas.
Mesmo excluído pelos administradores do grupo fechado ‘Classificados AM 2.0’, Geraldo permanece cadastrado em quatro grupos (Classificados Manaus, Classificados Aki, Classificados Manauara e Classificados AM/ Compra, Venda e Troca) com a mesma finalidade, compostos no total por cem mil pessoas.
No último dia 14 de julho, Geraldo postou a imagem de um maço de cédulas de cem reais acompanhado da frase ‘Indo postar as fake pros parceiros!!! Ja Ja estou de volta com os codigo de rastreamento...chama que ta teno’.
Dias antes, no dia 9 de julho, em outra postagem o homem comenta sobre a derrota da seleção brasileira. “Ja que o Brasil perdeu neh vamos voltar ao trabalho!Ta tendo as fake da qualidade ainda!!! Bora que ja ta acabando”.
Segundo o delegado federal, com a confirmação da denúncia, o homem pode ser enquadrado no crime de moeda falsa, previsto no artigo 289, do Código Penal Brasileiro (CPB). A pena, neste caso, varia de três a 12 anos de reclusão.
Gastão afirma ainda que crimes como formação de quadrilha, previsto no artigo 288 do CPB e com punição de um a três anos de prisão, e receptação passível de um a quatro anos de reclusão compõem os atribuídos a quem comercializa cédulas falsificadas, compra para uso próprio ou para distribuição a terceiros.
