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17/12/2014 - 17:37:56

PF EM AÇÃO

Presidente de fundação educacional é preso por suposta fraude em bolsas

Polícia Federal realizou operação em fundação de Fernandópolis (SP). Presidente é suspeito de fraudar bolsas do Escola da Família e Fies.

  • G1
  • G1 Rio Preto e Araçatuba

   

O presidente da Fundação Educacional de Fernandópolis (SP) foi preso nesta terça-feira (16) suspeito de fraudar programas de auxílio a alunos. Uma funcionária da instituição e um servidor público da educação estadual, que também estariam envolvidos no esquema, foram detidos. A operação "Bolsa Fantasma" foi deflagrada pela Polícia Federal. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão na sede da FEF. Os policiais recolheram documentos e computadores que podem ter informações sobre a suspeita de desvio de dinheiro destinado à bolsas de estudo do programa "Escola da Família", do governo estadual, e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do governo federal, que financia os estudos de alunos em universidades.

 

O presidente da fundação foi preso e levado para a delegacia da Polícia Federal de Jales (SP). Na casa dele, foram apreendidos R$ 21 mil e cerca de US$ 300. Segundo as investigações, alunos eram cadastrados no programa estadual sem ter conhecimento e o dinheiro ficava para a faculdade. No Fies, a irregularidade estaria na devolução de dinheiro.

 

“Muitos alunos têm direito a receber uma restituição proveniente do valor do MEC, que passa a título de Fies, e muitos alunos que até se formaram não receberam o reembolso que têm direito. O valor, segundo apuramos, está em torno de R$ 110 mil dos valores que os alunos teriam direito, mas alguns nem têm conhecimento disso”, afirma o delegado da Polícia Federal, Cristiano Pádua da Silva.

 

Como toda fundação, a FEF é uma entidade sem fins lucrativos e obrigada a prestar contas do que recebe e do que gasta. O presidente da faculdade ainda é investigado por receber uma suposta indenização de mais de R$ 500 mil, assinada por ele mesmo. Dinheiro que sairia da própria instituição, informa a polícia.

 

Uma assistente administrativa da universidade e um servidor da diretoria regional de ensino de Fernandópolis foram detidos. O funcionário público também prestaria serviços para a FEF.

 

“O servidor público acumula o trabalho como servidor do estado, como coordenador da concessão do programa Escola da Família, e ele trabalha nesta instituição de ensino que foi alvo de buscas, o que facilita a concessão e a manipulação destas bolsas”, diz o delegado.

 

A investigação começou há seis meses, a partir de uma denúncia. Um ex-funcionário da fundação procurou a Polícia Federal e contou sobre o esquema. A PF vai ouvir os alunos cadastrados nos programas educacionais e informar o caso ao Ministério da Educação.

 

A prisão do presidente da fundação é temporária - apenas cinco dias. Os dois detidos foram ouvidos e liberados. Eles podem responder por associação criminosa, apropriação indevida e estelionato. Um promotor de Justiça, que é curador das fundações, disse que assumiu o cargo neste mês e ainda não teve tempo de analisar todas as universidades, inclusive a FEF. Ele informou que vai investigar as contas da faculdade e, se for o caso, abrirá um inquérito. A fundação informou que está à disposição da Polícia Federal para esclarecimentos.


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