O Presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Marcos Leôncio Ribeiro, participou, nesta quinta-feira (25), de audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência Contra Jovens Negros e Pobres da Câmara dos Deputados.
O tema em discussão foi o ciclo completo de polícia nas corporações brasileiras, ideia na qual uma única corporação policial possa executar as atividades repressivas, de investigação criminal e de prevenção aos delitos e manutenção da ordem pública.
De acordo com Marcos Leôncio, a proposta é “uma ilusão que vai de encontro ao sistema de segurança do Brasil”. O presidente da ADPF defendeu que cada polícia possui suas especificidades, e questionou a proposta do ciclo completo.
"Uma polícia não pode estar nas ruas e, ao mesmo tempo, fazer investigação. Não dá para assoviar e chupar cana ao mesmo tempo. Fazer patrulha não se confunde com atividade investigativa. Atividade investigativa requer tempo, especialização, dedicação total", disse.
No último dia 19, em participação no Encontro Nacional de Presidentes e Representantes de Entidades de Classe de Delegados de Polícia, em Natal/RN, o presidente da ADPF já havia deixado clara a posição da entidade sobre o tema: "Na Polícia Federal vivemos o ciclo completo e os Delegados de Polícia Federal fazem uma profunda discussão sobre o assunto. O ciclo completo não é da polícia, mas sim um sistema integrado de segurança pública e justiça”, comentou.
