Os projetos Batucar e Cão-Guia para Cegos foram tema da palestra ministrada pelo delegado federal Luciano Leiro, para o Rotary Club Brasília 5 de Dezembro, nesta quinta-feira (7). Leiro ressaltou a importância das iniciativas, além de explicar os passos de cada projeto. Sobre o Batucar, o delegado - que também é diretor da regional da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal em Brasília (ADPF-DF) - reiterou o papel da ação em transformar as vidas de crianças menos favorecidas.
“Essas crianças poderiam estar se drogando, sendo aliciadas ou coopitadas por marginais para cometer crimes. Eram crianças com um futuro pouco promissor e o projeto fez essa inclusão social. O projeto tirou essas crianças da rua e deu um futuro um pouco mais esperançoso, dando acima de tudo mais cidadania" disse.
O projeto Batucar trabalha desde 2001 para ajudar no acolhimento de jovens moradores do Recanto das Emas - região administrativa do Distrito Federal. No início, o objetivo era promover aulas de violão, teclado e bateria. No entanto, devido à falta de recursos, os orientadores decidiram usar o próprio corpo para criar sons. Esse virou o diferencial do projeto, que já é reconhecido nacionalmente e internacionalmente. A participação no programa é gratuita e atende crianças e jovens de 6 a 18 anos, que devem estar matriculadas regularmente na escola.
Outro projeto discutido, foi o Cão-Guia de Cegos que atua em Brasília há 17 anos. O objetivo é proporcionar segurança, mobilidade e inclusão social para reintegrar pessoas com deficiência visual. Com o apoio de um Centro de Treinamento, 47 animais já foram entregues em todo Brasil desde a sua criação. Na avaliação de Leiro, a inclusão é o principal benefício da proposta.
“É muito emocionante quando participamos da entrega de um cão-guia. É a entidade do Brasil que mais fornece cães para os cegos. Eles têm uma série de despesas diárias e funcionam através de arrecadação, doação e participação. É um projeto que a gente precisa ajudar”, ressalta.
Leiro ainda falou da importância da relação entre entidades sociais e segurança pública. O delegado indicou como a parceria colabora para o bem estar da sociedade: "A segurança pública tem q ser vista muito além das polícias. O aspecto social é o grande diferencial pra mudarmos o que vemos hoje. E o apoio a entidades sociais como essas é o mínimo que podemos fazer para conscientizar as pessoas dessa importância. Se todos os outros setores da sociedade funcionarem bem, a segurança também vai no mesmo caminho.”
