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28/02/2012 - 17:10:00

ESP

Ciência Policial em busca de reconhecimento

Escola Superior de Polícia oferece cursos de pós-graduação

  • Revista Prisma
  • Por Ana Beatriz Magalhães

   

O delegado federal Adriano Barbosa está imbuído da missão de fazer
da Escola Superior de Polícia (ESP) um verdadeiro espaço de fomento à Ciência Policial.

 

Recentemente instalada em um dos blocos da Academia Nacional de Polícia, a Escola Superior de Polícia (ESP) oferece cursos de pós graduação, especialização e aperfeiçoamento nas áreas de Investigação Criminal, Inteligência Policial e Documentoscopia. Em breve, tambémserão oferecidos cursos nas áreas de Análise Criminal e Direitos Humanos e Uso da Força.

 

Para ingressar na pós-graduação da Escola, o policial deve apresentar um pré-projeto acadêmico de uma área de conhecimento que queira desenvolver. Uma banca analisa o projeto, juntamente com o perfil profissional, exigindo, por exemplo, que o candidato tenha estabilidade na carreira.

 

Alguns cursos são voltados para carreiras específicas. Notadamente, o curso de Documentoscopia é destinado aos peritos. E Teoria da Investigação Criminal é próprio para as autoridades policiais. Já o curso de aperfeiçoamento é requisito para a promoção na carreira policial para a classe especial.

 

O delegado Barbosa, diretor da ESP, afirma ser imprescindível o investimento em pesquisa com sua respectiva aplicação prática na vida profissional dos policiais. Os conhecimentos adquiridos na ESP vão contribuir diretamente para a solução de problemas enfrentados diariamente na atividade policial. “O objetivo é que a Escola ganhe musculatura e que possamos ampliar as pós-graduações para as carreiras não policiais”, afirma Barbosa.

 

O corpo docente é primordialmente formado por policiais federais com mestrado e doutorado, selecionados do banco de talentos da Corporação. Os profissionais com perfis acadêmicos são convidados a ministrar as aulas, ou a atuar como tutores nos cursos à distância na área de concentração de suas formações acadêmicas.

 

Também integram o corpo docente da ESP, professores convidados da Universidade de Brasília (UnB), do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), além de uma recente parceria com o Grupo Ibmec Educacional. “A vinda de professores não policiais agrega valor ao ensino, pois eles têm um olhar sobre a problemática da polícia, que, às vezes, nós policiais não temos. A discussão fica mais rica, mais interessante”, garante o delegado.

 

Cada aluno da ESP representa um investimento de aproximadamente R$ 20 mil ao longo do curso. São cerca de 30 alunos por turma. A escola conta com quatro salas para as aulas presenciais, onde os alunos devem cumprir 150 horas cursando as sete disciplinas básicas do módulo de Ciências Policiais. As outras 210 horas são cumpridas à distância, totalizando 360 horas de curso. O diretor da ESP afirma que o alto investimento se justifica, posto que o aluno se compromete, depois de pós-graduado, a contribuir para a Ciência Policial da ESP, gerando um ciclo acadêmico virtuoso.

 

|PRODUÇÃO CIENTÍFICA. O delegado Barbosa acredita que a ESP tem um papel de vanguarda, ao inaugurar a discussão acerca das Ciências Policiais num nível acadêmico mais amplo, não apenas intramuros, mas em toda a comunidade acadêmica. Para ele, o principal papel da ESP é fazer com que haja um amadurecimento da Ciência Policial enquanto uma área de conhecimento autônoma.

 

“Queremos ser referência brasileira e latino-americana em produção científica de Ciências Policiais”, afirma entusiasmado.

 

Para isso, há um forte incentivo à divulgação da produção acadêmica. Os artigos produzidos pelos alunos da ESP são publicados na Revista Brasileira de Ciência Policial (RBCP), a primeira do segmento no Brasil, a qual serve como um canal de divulgação dentro da própria comunidade policial.

 

Além disso, o Brasil, por meio da ESP, a Colômbia e Portugal se revezam na realização do Seminário Internacional de Ciências Policiais. Em 2010 o evento foi realizado em Brasília. Os trêspaíses trocam conhecimento na área de pesquisa por meio de intercâmbios para os policiais, que complementam suas formações nesses países.

 

O delegado Eliomar da Silva Pereira é exemplo dessa parceria. Seu livro “Teoria da Investigação Criminal – Uma Introdução Jurídico-Científica” é fruto das pesquisas desenvolvidas no Instituto Superior de Ciências Policiais de Portugal em parceria com a ESP. O livro serve de base para as aulas da pós-graduação na ESP.

 

 


|ADRIANO BARBOSA: Escola será referência latino-americana em Ciência Policial

 


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