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17/07/2014 - 15:30:39

PF EM AÇÃO

PF em campo

Delegados federais acompanham cada uma das 32 equipes que participam do Mundial no Brasil para garantir segurança dos jogadores

  • ADPF
  • Gabriel Martins e Vanessa Negrini com informações e imagens da Cmunicação Social da Polícia Federal

   

Cada uma das 32 equipes que disputam a Copa do Mundo de 2014 conta com o apoio de delegados de polícia federal “infiltrados” nas delegações, para coordenar a segurança dos jogadores. Os chamados PSLO (public security liaison officer), ou seja, oficial de ligação da segurança pública, internamente conhecida por DELIG (delegado de ligação), acompanham as seleções em todos os locais durante a Copa.


Eles, inclusive, ficam hospedados no mesmo hotel dos times e se deslocam no mesmo ônibus das comitivas. De acordo com o secretário de Segurança para grandes eventos do Ministério da Justiça, Anderson de Andrade Bichara, coordenador do centro de segurança pública para a Copa do Mundo, uma dupla de delegados federais estará à disposição 24 horas por dia das delegações no aspecto de segurança. Um destes profissionais estará sempre nos ônibus das equipes, enquanto outro segue no comboio de três viaturas e dez batedores. Assim, os membros a comitiva podem passar suas necessidades aos “delegados de ligação” e esse policial poderá agir mais rapidamente em caso de emergências. Em entrevista exclusiva para a Prisma, o delegado de ligação responsável pela segurança da Seleção Brasileira conta os detalhes desta missão. José Navas Júnior afirma que o trabalho dos PSLOs é acompanhado em tempo integral pelos Centros de Comando e Controle Regionais e pelo Centro de Comando e Controle Nacional. “Estamos todos munidos com o mais moderno aparato tecnológico de comunicação e sistemas para apoio a tomada de decisões, além de contar com uma equipe de policiais federais com larga experiência”, explica, se referindo aos colegas como “anjos da guarda”, “nossos olhos e ouvidos”. De fato, o trabalho da equipe deve estar muito bem sincronizado e harmônico para tudo dar certo. A responsabilidade é enorme e a atenção de bilhões de pessoas em todo mundo está sob o país desses dias do Mundial. A preparação dos PSLOs teve início nos primeiros meses de 2013, com o treinamento na Academia de Polícia. Desde então, houve vários eventos de teste, como jogos amistosos que serviram para afinar o processo. A Copa das Confederações mostrou que a doutrina de integração com as demais forças de segurança pública e as ferramentas tecnológicas desenvolvidas funcionava. Além da experiência policial, os PSLOs têm como característica o conhecimento de idioma estrangeiro, para estreita relação com as delegações, e capacidade de atuar como “catalisadores” e “processadores” de informação, em sinergia com todos os elementos de segurança pública.


Planejamento. As manifestações não pacíficas, que pendem ao vandalismo, estão sendo tratadas com grande atenção pelos responsáveis pela segurança da Copa. O objetivo é evitar confrontos que possam levar a perigo ou consequências danosas a integridade física dos membros das delegações, jogadores, policiais e mesmo dos próprios manifestantes, em eventual confronto. Todo deslocamento é planejado de forma intensa. “Não devemos ou podemos colocar as delegações em rota de confronto com situações de risco, perigo iminente ou deslocamento às escuras. Nenhum passo é dado, o ônibus não se movimenta, o avião não decola sem sabermos exatamente qual caminho seguiremos, qual rota usaremos, o que encontraremos nestas rotas, quais os riscos possíveis, o que fazer em caso de eventualidades como falha mecânica dos veículos, interrupção de uma via, elementos da natureza”, afirma Navas. “Ainda assim, se nos depararmos com alguma adversidade, estaremos prontos para darmos a resposta eficaz”, completa. Embora o relacionamento com as delegações seja estreito e sinérgico, preservar a intimidade dos jogadores também é objetivo dos PSLOs. O contato pessoal existe, naturalmente, mas a intimidade dos jogadores em seus momentos de pessoais é mantida de forma dogmática. “Realizamos nosso trabalho com sucesso quando não somos percebidos enquanto membros da segurança pública, ou elementos estranhos ao contexto”, explica
Navas. Quanto ao resultado dos jogos, o delegado não quis arriscar nenhum palpite, apesar de desejar a vitória brasileira. Mas, independentemente do placar, um resultado é certo: a segurança da Copa, com o apoio da Polícia Federal, já é campeã.


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